A Casa de Arazyel

12/11/2013 10:11

    A subida do vulcão era difícil.

    Sua terra cinza era movediça. As pedras eram escorregadias e em alguns pontos muito quentes para serem tocadas. 

    O cheiro de carne podre se tornava mais forte a cada passo dado e o oxigênio cada vez mais difícil de ser encontrado.

    No alto daquela terra misteriosa, lavas e fumaça saíam como querendo vencer a lua pelo domínio da noite.

    Uma grande estátua, a maior que já viu, transpassando as nuvens em forma de um Anjo negro. Ela que tinha sua mão direita estendida segurando uma espada cuja lâmina era verdadeira, servindo como ponte que levava até a outra margem do vulcão.

    Milhares de pessoas que estavam no centro do vulcão, alguns metros abaixo da ponte.

    Algumas pessoas estavam sendo chicoteadas e maltratadas por guardas que pareciam se divertir. Outras estavam ajoelhadas na ponta de finas agulhas, como se rezassem, enquanto seu sangue escorria. Havia ainda guardas que cortavam pedaços do corpo de seus prisioneiros que gritavam de dor e comiam como se fosse uma comida qualquer.

    Gritos de horrores eram ouvidos, espadas sujas de sangue cortavam o ar antes de atingir a pele de um homem uma, duas, três, até que ele caísse no chão.